VOTUPORANGA-SP / JUNHO DE 2025
RESPONSÁVEL: Sérgio Gibim Ortega
CONTATO: poetagibim@hotmail.com

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Dia Mundial da Energia

             Sérgio Gibim Ortéga

A energia pulsa —
vida em movimento,
ilumina sonhos,
aquece o sentimento.

Renovável e limpa,
esperança vibrante,
um futuro possível,
um amanhã brilhante.

Energia é força
que nos faz viver,
do sol ao vento,
há muito a proteger.

Por um mundo mais justo,
mais verde, viável —
com consciência e amor,
a energia é sustentável.



sábado, 24 de maio de 2025

Saudade da Casa e do Meu Pai

                 Sérgio Gibim Ortéga 

Lá na casinha onde morei,
e nas casas que foram de meu pai,
o tempo passou…
e com ele veio a saudade imensa.

Tiraram de nós o direito de voltar,
venderam tudo, sem nos olhar,
e os restos de bens doados foram,
sem honra, sem partilha, sem perdão.

Minha mãe ainda vive,
mas a memória do meu pai
foi varrida como poeira ao vento.
Ninguém nos ouviu.
Ninguém nos perguntou.

Nada foi consultado entre herdeiros,
nada foi respeitado entre irmãos.
E o que ficou?
A dor. A ausência. A saudade.

Mas Deus — ah, Deus —
em Sua sabedoria há de julgar.
Nesta terra ainda haverá de se pagar
pela dor que nos fizeram suportar.

Pagará aquele que por ambição
deixou o amor para trás,
carregando só o que tem preço,
e deixando o que tem valor:
a memória, o afeto,
e os últimos dias de minha mãezinha.

Pagará por cada lágrima contida,
por cada lembrança roubada,
por cada gesto de egoísmo,
pelo amor que foi negado.

Só Deus sabe da injustiça silenciosa,
que não é praga, mas justiça.
Roguei, Senhor, por amor —
mas confesso: não perdoo.

E como tantos que me fizeram sofrer,
também sofreram,
sem que eu precisasse cobrar.
A vida cobrou por mim.


“Enquanto o Dia Nasce”

                   por Sérgio Gibim Ortéga

Enquanto o dia nasce, calmo,
e a luz derrama no silêncio,
meus pensamentos se vestem de alma
e caminham sobre o tempo.

O vento sussurra segredos antigos,
que a memória insiste em lembrar,
são vozes que vêm dos abismos,
mas me ensinam a recomeçar.

Cada raio que rompe o escuro
é promessa de um novo sentido,
e mesmo entre pedras e muros,
há flor que brota escondido.

Sou feito de horas e sonhos,
de ausências e de presença,
e em cada verso que componho,
é o amor quem deixa a sentença.




quinta-feira, 22 de maio de 2025

Ouvindo a Natureza e o Impossível



22 de Maio – Ouvindo a Natureza e o Impossível
por Sérgio Gibim Ortega

No silêncio das flores, a abelha dança,
tecendo em mel o segredo da esperança.
É dia de Rita, santa da fé inabalável,
que torna o impossível, quase palpável.

A Terra sussurra em mil vozes sutis,
celebra a vida em formas mil e febris.
Na colmeia da existência, somos só passagem,
biodiversos, sonhadores — pura paisagem.

Que neste dia, o mundo escute o apelo:
preservar, amar, crer no invisível.
Pois todo dia tem alma e tem cor,
hoje tem abelha, tem fé, tem flor.



Onde o Trem Passa, Meu Pai Mora

Sérgio Gibim Ortéga

[Uma homenagem a Geraldo Ortéga]

Há sons que atravessam o tempo.
O barulho do trem é um deles.
Para quem cresceu ouvindo sua passagem,
ele carrega memórias, saudade e um certo consolo.
Foi assim que o som dos trilhos 
virou morada para meu pai — 
na lembrança e na eternidade.

                                22-5-2025

terça-feira, 20 de maio de 2025

O FRANGUINHO DO POBRE (Cordel da Gripe Aviária)

             Por Sérgio Gibim Ortéga
                 [e a Inteligência Matuta]

No Brasil do aperreio e do suor na testa,
O frango era rei na modesta festa.
Mas veio a tal gripe, com nome pomposo,
E deixou o mercado ainda mais teimoso.

Diz a notícia com cara de séria:
"Tem vírus nas aves, a coisa é miséria!"
Mas o pobre pergunta, de forma esperta:
“Cadê o frango barato na gôndola aberta?”

O ovo subiu, tá quase ouro em casca,
E a galinha virou coisa de carrasca.
O franguinho assado de domingo sumiu,
Virou luxo, desapareceu do Brasil.

Enquanto o rico compra peito empanado,
O pobre tá com osso temperado.
E a imprensa grita com todo fervor:
“Vai ter mais vírus, tremor e pavor!”

Mas o pobre é duro, não cai nessa fácil,
Já vive de aperto, feijão e repasse.
Se tiram o frango, a carne, o pudim,
Ele inventa receita com cheiro e capim.

Mas fica a pergunta no ar e na grelha:
Quem paga o pato nessa história velha?
É sempre o lascado, o da marmitinha,
Que chora na feira por uma galinha.

O Franguinho do Pobre

                       Sérgio Gibim Ortéga

O que resta ao pobre na mesa,
É o frango, sem muita surpresa.
Mas eis que a gripe aparece ligeira,
E encarece a ave inteira.

O ovo sobe, o quilo voa,
Na feira, a tristeza ressoa.
O franguinho, tão suado no prato,
Agora virou quase um contrato.

Acabou-se a alegria singela,
Do cheiro bom vindo da panela.
A imprensa, com tom alarmista,
Espalha o vírus — vira artista!

Enquanto o rico faz banquete,
O pobre reza por um filete.
Mais uma vez, a corda arrebenta,
No lado fraco — sempre esquenta.

Mas seguimos com humor e coragem,
Mesmo quando a vida vira miragem.
Se o frango sumir da nossa história,
A gente tempera com memória.

GRIPE AVIÁRIA

                Sérgio Gibim Ortéga 

Na dança das penas e do ar,
A notícia chega a ecoar.
Gripe aviária, um aviso,
Entre os pássaros, um preciso.

Mas na esperança, o cuidado,
Com medidas, lado a lado.
A natureza, sempre a ensinar,
Respeito e amor a cultivar.

Que possamos, juntos, cuidar,
Com ciência, saber a trilhar.
Na poesia, a esperança a brilhar,
E a vida, sempre a celebrar.





segunda-feira, 19 de maio de 2025

"Insulina e Intuição"

                    Sérgio Gibim Ortéga 

A vida às vezes pesa mais
quando o açúcar decide subir,
quando a ponta do dedo fura
e o visor mente que está tudo bem.

Cansei de esperar por orientações,
peguei a seringa, aumentei a dose.
Sem consulta, sem receita,
só eu, meu medo e minha vontade de melhorar.

Desceu.
Cinquenta, depois quarenta, trinta.
Como quem desce ladeira de bicicleta,
sentindo o vento no rosto
e o risco no freio.

Melhorei, sim, mas tremi.
Não de emoção, mas de glicose demais saindo.
A dúvida bateu forte:
será que acertei… ou só não errei por sorte?

Sou feito de coragem e riscos,
mas também de carne e consequência.
A insulina me salvou —
mas me lembrou:
a saúde não é brincadeira.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Herança do Amor

                         Sérgio Gibim Ortéga 

Tiram da vida a essência, o brilho,
Roubam do outro o justo trilho.
Não é só ouro, papel, riqueza,
Mas o bem doce da gentileza.

Não vale herança sem coração,
Se não há laço, nem comunhão.
Mais que objetos ou poder,
São memórias pra se viver.

O bem maior? A amizade leal,
E não traição com rosto cordial.
Judas também foi “amigo” um dia,
Mas feriu com falsa harmonia.

A saudade de quem bem amou
Não morre, não some, não se apagou.
Mentem dizendo: "Nada se leva"...
Mas o amor — ah, esse — persevera.

É o que resta, o que faz sentido,
A herança viva do que é querido.
É o que brilha quando tudo é pó:
O amor que fica, e nunca só.

                                [13-05-2025]

Essência do que Resta

Sérgio Gibim Ortéga 

Muitos tiram da vida a essência,
Roubando o direito de um outro.
Não é só a herança que levam,
Mas o valor do afeto mais nobre.

Não são cifras que importam,
Mas lembranças — ternos bens amáveis.
Coisas que o tempo não compra,
Que deveriam unir os herdeiros.

O bem maior? Laços sinceros.
Valores de amizade verdadeira,
E não falsos gestos de Judas,
Que ferem com o beijo da traição.

A saudade de quem ama de verdade
Não se esconde na mentira
De que nada se leva da vida...

Pois o amor, sim —
É o que sempre se leva.
É a última e eterna
Recordação de quem partiu.

                        [13-05-2025]

sexta-feira, 9 de maio de 2025

VOLTA AO COMEÇO

                        Sérgio Gibim Ortéga 

Depois que o pai morre,
a gente volta pro começo.
As lembranças vêm de longe,
feito cheiro de café fresco.

Me lembro —
era anos 70,
ele de chapéu e esperança,
apanhando café com as mãos calejadas,
na dança lenta da roça e do sol.

O tempo era duro,
mas o riso dele amansava tudo.
Hoje, qualquer vento mais quieto
traz a saudade —
essa visita sem hora.

A vida vai,
mas o pai…
o pai fica.
Fica na terra, no cheiro,
na memória que nunca envelhece.


quinta-feira, 8 de maio de 2025

MINHA MÃE, MEU LUGAR

                    Sérgio Gibim Ortéga 

(Para o Dia das Mães)

Tiraram a casa, o canto, o quintal,
o cheiro do café no lençol de floral,
mas não levaram o som da risada,
nem o jeito dela em manhãs de alvorada.

Dizem que tudo tem dono e papel,
mas mãe é raiz que ninguém desfaz,
mesmo longe, é céu sob o meu céu,
mesmo ausente, é onde a alma faz paz.

Venderam memórias, trancaram portões,
mas o coração não se assina em cartório.
Ela respira em minhas orações,
vive em silêncio no meu repertório.

Não posso vê-la, não posso estar,
mas onde ela for, vai meu olhar.
Neste Dia das Mães, sou lembrança e saudade,
sou abraço que vence qualquer maldade.

                                               [08-05-2025]



quinta-feira, 1 de maio de 2025

O NOSSO TRABALHADOR


                   Sérgio Gibim Ortega


O trabalhador nasce para todos,
é honra viva, é merecedor.
Simboliza a luta honesta,
o pão suado do sonhador.

Trabalhar é semear a paz,
é esperança para a nação.
Primeiro de maio — dia sagrado,
celebramos a profissão.

É o Dia do Trabalhador,
uma data tão querida.
Nos convida a recordar
o valor da nossa vida.

Vida que pulsa no esforço,
vida que tece caminhos,
vida que planta o bem
e colhe amor e carinhos.

                  1/ 5/ 2025





MOTIVACIONAL

                                           Sérgio Gibim Ortéga 

"Só realiza grandes obras quem
derrama paixão no que faz. 
O amor pelo que se faz 
transforma tarefas em arte,
e o tempo em poesia."

"Excelência não nasce do acaso,
mas do entusiasmo pelo que se faz.
Quando se trabalha com amor,
o sucesso deixa de ser meta 
e vira consequência."

"A excelência profissional
é fruto da dedicação alinhada
à paixão. Amar o que se faz
é o combustível que impulsiona
a inovação, o empenho e os 
melhores resultados."
                                   [1-5-2025]

MINHA MÃE, MEU LUGAR

                    Sérgio Gibim Ortéga                      (Para o Dia das Mães) Tiraram a casa, o canto, o quintal, o cheiro do café no l...