Sérgio Gibim Ortéga
Somos poeira de outros,
ossos antigos que a terra guardou,
somos raízes, somos frutos,
matéria que um dia amou.
ossos antigos que a terra guardou,
somos raízes, somos frutos,
matéria que um dia amou.
A energia corre em nós,
como fio que nunca se apaga,
um sopro antigo em nova voz,
uma memória que o tempo apaga.
como fio que nunca se apaga,
um sopro antigo em nova voz,
uma memória que o tempo apaga.
Somos gravadores de carne e alma,
novos cérebros, novas canções,
nascemos em branco, em quieta calma,
pra escrever de novo emoções.
novos cérebros, novas canções,
nascemos em branco, em quieta calma,
pra escrever de novo emoções.
Quando esquecemos, como no Alzheimer,
é como se a fita apagasse devagar,
um morto vivo, sem mais saber,
o que veio buscar, o que veio amar.
é como se a fita apagasse devagar,
um morto vivo, sem mais saber,
o que veio buscar, o que veio amar.
Mas a vida não some, só se refaz,
a matéria dança, a energia é paz.
E cada novo ser que ao mundo chega,
é a antiga terra que outra vez navega.
a matéria dança, a energia é paz.
E cada novo ser que ao mundo chega,
é a antiga terra que outra vez navega.
[26-4-2025]
Nenhum comentário:
Postar um comentário