Sérgio Gibim Ortéga
(Para o Dia das Mães)
Tiraram a casa, o canto, o quintal,
o cheiro do café no lençol de floral,
mas não levaram o som da risada,
nem o jeito dela em manhãs de alvorada.
Dizem que tudo tem dono e papel,
mas mãe é raiz que ninguém desfaz,
mesmo longe, é céu sob o meu céu,
mesmo ausente, é onde a alma faz paz.
Venderam memórias, trancaram portões,
mas o coração não se assina em cartório.
Ela respira em minhas orações,
vive em silêncio no meu repertório.
Não posso vê-la, não posso estar,
mas onde ela for, vai meu olhar.
Neste Dia das Mães, sou lembrança e saudade,
sou abraço que vence qualquer maldade.
[08-05-2025]
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