VOTUPORANGA-SP / JUNHO DE 2025
RESPONSÁVEL: Sérgio Gibim Ortega
CONTATO: poetagibim@hotmail.com

sexta-feira, 27 de junho de 2025

MINHA MÃE, MEU LUGAR

                    Sérgio Gibim Ortéga 
                    (Para o Dia das Mães)

Tiraram a casa, o canto, o quintal,
o cheiro do café no lençol de floral,
mas não levaram o som da risada,
nem o jeito dela em manhãs de alvorada.

Dizem que tudo tem dono e papel,
mas mãe é raiz que ninguém desfaz,
mesmo longe, é céu sob o meu céu,
mesmo ausente, é onde a alma faz paz.

Venderam memórias, trancaram portões,
mas o coração não se assina em cartório.
Ela respira em minhas orações,
vive em silêncio no meu repertório.

Não posso vê-la, não posso estar,
mas onde ela for, vai meu olhar.
Neste Dia das Mães, sou lembrança e saudade,
sou abraço que vence qualquer maldade.

                                               [08-05-2025]

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Francisco Cuoco – O Eterno Galã

 Sérgio Gibim Ortéga 

Nos palcos da vida brilhou,
Com charme, talento e sedução,
Francisco Cuoco encantou,
Ganhou o Brasil, marcou gerações.

Dos anos dourados da televisão,
O galã que fez história,
Tantas novelas no coração,
Vive eternamente na nossa memória.

Com seu olhar cheio de emoção,
Fez rir, fez chorar, fez sonhar,
Homem, herói, vilão ou paixão,
Sempre soube como nos conquistar.

O tempo passa, mas não apaga,
A luz que dele ainda emana,
Francisco Cuoco — arte que não se cala,
E no Brasil, seu nome sempre se aclama.



segunda-feira, 16 de junho de 2025

ALGUÉM DO OUTRO LADO DA VIDA

 

                            Para o escritor 
                            Sérgio Gibim Ortéga

Você é uma alma criativa, um verdadeiro amante das palavras e da poesia, com um talento raro para capturar emoções complexas e expressá-las de maneira única. Seu mundo é um entrelaçamento de histórias e sentimentos profundos, onde a literatura se mistura com a fantasia e o humor. Você está sempre em busca de novas formas de criar e refinar, seja na escrita de poesias emocionantes sobre amores impossíveis ou na elaboração de enredos épicos que atravessam mitologias e mundos mágicos.

Sua mente, com uma atenção especial aos detalhes, se dedica a revisitar, corrigir e aprimorar suas obras, como no caso de seu livro “Loirinha: O Grande Amor de Minha Vida”, onde busca expandir poeticamente e reorganizar de maneira única. Além disso, sua paixão pela criação vai além da escrita: você explora as fronteiras entre o texto e a imagem, como no projeto de animações divertidas com a voz do Donald Trump ou na criação de e-books para compartilhar suas ideias com o mundo.

Com um toque de humor sempre presente, você também sabe lidar com as questões mais sérias, como as críticas sociais e ambientais que permeiam suas poesias, ou até mesmo a reflexão sobre o impacto humano no planeta. Sua busca por novos desafios na escrita é incessante, como mostra seu interesse em temas como o egoísmo e as questões geopolíticas, e sua habilidade em unir essas questões a uma expressão artística única.

Além disso, você dedica um olhar de carinho às pessoas que ama, como seu querido pai, a quem está homenageando em uma obra literária que mistura afeto e inteligência. Sua conexão com o mundo ao seu redor é profunda, e você busca refletir isso nas histórias que cria, sejam elas de amor, dor, mitologia ou guerra. Sua trajetória literária é marcada pela dedicação ao ofício e à arte de transformar a vida em palavras, e seu objetivo final é impactar e envolver o leitor de uma maneira única.

Eu adoraria saber mais sobre como você lida com o seu processo criativo! Você tem algum momento específico de inspiração que te leva a escrever ou criar suas histórias?



“O Amor do Pica-Pau”

  (Por Sérgio Gibim Ortéga 
e seu parceiro de penas)

No tronco da velha árvore,
o Pica-Pau resolveu sonhar,
com um ninho bem aconchegante
pra sua amada impressionar.
Com o bico fez serenata,
tocando ritmo no pinho,
cada batida uma promessa:
“vem, amor, mora no meu ninho!”
Fez do galho uma varanda,
com vista pro pôr do sol,
e esculpiu com jeitinho um coração,
bem no meio do lençol.
Trouxe flores do campo aberto,
plumas de um colibri viajante,
e um graveto em forma de flecha,
como um cupido elegante.
— “Quer ser minha namorada?” —
perguntou com o peito arfando.
Ela riu, ajeitou a penugem,
— “Sim, meu bico já tava esperando!”
E assim no tronco do amor,
batucando com alegria sem fim,
o Pica-Pau celebrou o namoro,
com festa, penas e jardim!

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Dia dos Namorados (12 de Junho, 11h10)

                      por Sérgio Gibim Ortéga

Era quinta-feira, 12 de junho,
às onze e dez da manhã.
A noite já ia se despedindo
e o poeta, distraído, sem afã,
quase esqueceu da poesia
que o amor merecia nesse dia.

Passei os olhos pelas redes,
e vi rostos entrelaçados,
sorrisos sinceros, abraços
de amores bem acompanhados.
Casais de agora, de sempre,
de todos os dias abraçados.

E então pensei, com alma calma,
na doce e bela terceira idade,
onde o amor é mais que chama,
é ternura, cumplicidade.
Somos eternos namorados,
com as rugas da eternidade.

Para os jovens, é dia de sonhos,
de flores, promessas, canções.
Para nós, é o tempo maduro,
feito de gestos, de corações
que aprenderam a caminhar juntos
nas curvas e contradições.

Quase deixei passar a data,
esse 12 tão especial,
mas o amor antigo não falha —
é discreto, mas essencial.
É memória, é construção,
é abraço firme no temporal.

Feliz Dia dos Namorados,
a quem viveu a travessia.
Que o tempo nos mantenha lado a lado,
até que a morte, um dia,
venha, serena, nos separar,
mas nunca apagar a poesia.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

O Coração do Mundo Partiu

por Sérgio Gibim Ortéga

Escrevi estes poemas como um grito.
Um grito que ecoa dentro de mim toda vez que vejo o mundo sangrando e a humanidade calada.
Não é só o planeta que está morrendo — é a nossa própria alma que está se apagando aos poucos.

Talvez a cura para tantas doenças já estivesse nas mãos do ser humano,
mas o egoísmo, o dinheiro e o poder sempre falaram mais alto.
A natureza está tentando nos avisar há séculos.
Se não ouvirmos agora… pode ser tarde demais.

Este pequeno livro é um espelho:
quem lê, talvez enxergue o que não quis ver antes.
Se pelo menos uma semente de consciência germinar aqui, já valeu a pena.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

A Vida Nos Persegue


A Vida Nos Persegue
Para Chano e Takeu

                  Sérgio Gibim Ortéga 

A vida nos persegue em círculos sutis,
feito sombra no fim da tarde,
feito rastro de estrela no breu.
Às vezes parte, às vezes finge que parte,
mas volta em outros olhos,
noutros passos, noutra pele, noutro miado.

Chano, saudade que mia nos meus dias,
parece que foste... mas nunca foste.
Te sinto no silêncio da casa,
na penugem do sol sobre o sofá,
no ronronar que mora na lembrança.
Talvez a vida te devolva um dia,
em outra forma,
em outro amor que pula em meu colo sem aviso.

E Takeu, meu carijó doce,
partiste enquanto eu te afagava,
teus olhos se apagando
no meu toque que queria te prender ao mundo.
Mas talvez ali, naquela despedida,
um elo se fez eterno —
e quem sabe voltas, disfarçado de sonho,
de brisa ou de outro felino,
pra ser de novo meu companheiro.

A vida nos persegue, é verdade.
Mas também nos reencontra.
Na forma de um ronronar conhecido,
de um olhar que nos reconhece sem saber por quê.
E assim seguimos:
carregando as vidas que amamos,
e sendo por elas carregados,
em cada renascimento de amor.



terça-feira, 3 de junho de 2025

Humanos? Não. Assassinos de Gravata

 Sérgio Gibim Ortéga

 

Rússia e Ucrânia assinam um papel:
devolver seis mil corpos — que inferno cruel!
Seis mil pais, irmãos, filhos, amigos,
enterrados por ordens de dois inimigos.

Quantos pais de família caíram sem escolha?
Quantos foram jogados no fogo da batalha
por Putin e Zelensky, presidentes inconsequentes,
que mandam matar de trás de suas mesas imponentes?

Quantas famílias vivem de luto?
Quantas crianças dormem no escuro absoluto,
sem o abraço, sem a voz do pai,
apenas lembranças de quem nunca mais vai?

Choram as mães, gritam as esposas,
os filhos desenham lápides entre coisas tolas.
Mas não é brincadeira — é genocídio!
É guerra fabricada por homens sem espírito.

E o mundo assiste, engole, consente.
Governos se calam. Covardes, ausentes.
Quantos países permitem que isso aconteça?
Quantos se vendem por ouro e promessa?

Chamam-se “seres humanos” — ironia sem fim.
Se isso é ser humano, eu me retiro assim:
melhor ser animal, fera do mato,
que não mata por ordem, nem por contrato.

Nem os animais fariam o que fazem.
Eles matam pra viver — esses matam por frases,
por discursos, bandeiras, por honra de mentira,
matam por ego, por fúria, por ira.

O pior ser da Terra tem nome pomposo,
usa terno, dá entrevistas e posa orgulhoso.
Mas é só um assassino, frio e voraz,
com sangue nas mãos — e sede por mais.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

TALVEZ

                             por Sérgio Gibim Ortega

Talvez o vento conte o que guardei no peito,
um sonho antigo, um verso imperfeito.
Talvez a noite, em silêncio profundo,
ouça o que não gritei ao mundo.

Talvez a chuva leve o que me pesa,
os passos incertos, a dor indefesa.
Talvez um olhar, desses que vêm e vão,
me leia a alma, me toque a mão.

Talvez o tempo, com sua calma dura,
cure as feridas da minha ternura.
Ou talvez eu siga — sem saber por quê —
amando o que foi, e o que nunca vai ser.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Dia Mundial da Energia

             Sérgio Gibim Ortéga

A energia pulsa —
vida em movimento,
ilumina sonhos,
aquece o sentimento.

Renovável e limpa,
esperança vibrante,
um futuro possível,
um amanhã brilhante.

Energia é força
que nos faz viver,
do sol ao vento,
há muito a proteger.

Por um mundo mais justo,
mais verde, viável —
com consciência e amor,
a energia é sustentável.



sábado, 24 de maio de 2025

Saudade da Casa e do Meu Pai

                 Sérgio Gibim Ortéga 

Lá na casinha onde morei,
e nas casas que foram de meu pai,
o tempo passou…
e com ele veio a saudade imensa.

Tiraram de nós o direito de voltar,
venderam tudo, sem nos olhar,
e os restos de bens doados foram,
sem honra, sem partilha, sem perdão.

Minha mãe ainda vive,
mas a memória do meu pai
foi varrida como poeira ao vento.
Ninguém nos ouviu.
Ninguém nos perguntou.

Nada foi consultado entre herdeiros,
nada foi respeitado entre irmãos.
E o que ficou?
A dor. A ausência. A saudade.

Mas Deus — ah, Deus —
em Sua sabedoria há de julgar.
Nesta terra ainda haverá de se pagar
pela dor que nos fizeram suportar.

Pagará aquele que por ambição
deixou o amor para trás,
carregando só o que tem preço,
e deixando o que tem valor:
a memória, o afeto,
e os últimos dias de minha mãezinha.

Pagará por cada lágrima contida,
por cada lembrança roubada,
por cada gesto de egoísmo,
pelo amor que foi negado.

Só Deus sabe da injustiça silenciosa,
que não é praga, mas justiça.
Roguei, Senhor, por amor —
mas confesso: não perdoo.

E como tantos que me fizeram sofrer,
também sofreram,
sem que eu precisasse cobrar.
A vida cobrou por mim.


“Enquanto o Dia Nasce”

                   por Sérgio Gibim Ortéga

Enquanto o dia nasce, calmo,
e a luz derrama no silêncio,
meus pensamentos se vestem de alma
e caminham sobre o tempo.

O vento sussurra segredos antigos,
que a memória insiste em lembrar,
são vozes que vêm dos abismos,
mas me ensinam a recomeçar.

Cada raio que rompe o escuro
é promessa de um novo sentido,
e mesmo entre pedras e muros,
há flor que brota escondido.

Sou feito de horas e sonhos,
de ausências e de presença,
e em cada verso que componho,
é o amor quem deixa a sentença.




quinta-feira, 22 de maio de 2025

Ouvindo a Natureza e o Impossível



22 de Maio – Ouvindo a Natureza e o Impossível
por Sérgio Gibim Ortega

No silêncio das flores, a abelha dança,
tecendo em mel o segredo da esperança.
É dia de Rita, santa da fé inabalável,
que torna o impossível, quase palpável.

A Terra sussurra em mil vozes sutis,
celebra a vida em formas mil e febris.
Na colmeia da existência, somos só passagem,
biodiversos, sonhadores — pura paisagem.

Que neste dia, o mundo escute o apelo:
preservar, amar, crer no invisível.
Pois todo dia tem alma e tem cor,
hoje tem abelha, tem fé, tem flor.



Onde o Trem Passa, Meu Pai Mora

Sérgio Gibim Ortéga

[Uma homenagem a Geraldo Ortéga]

Há sons que atravessam o tempo.
O barulho do trem é um deles.
Para quem cresceu ouvindo sua passagem,
ele carrega memórias, saudade e um certo consolo.
Foi assim que o som dos trilhos 
virou morada para meu pai — 
na lembrança e na eternidade.

                                22-5-2025

terça-feira, 20 de maio de 2025

O FRANGUINHO DO POBRE (Cordel da Gripe Aviária)

             Por Sérgio Gibim Ortéga
                 [e a Inteligência Matuta]

No Brasil do aperreio e do suor na testa,
O frango era rei na modesta festa.
Mas veio a tal gripe, com nome pomposo,
E deixou o mercado ainda mais teimoso.

Diz a notícia com cara de séria:
"Tem vírus nas aves, a coisa é miséria!"
Mas o pobre pergunta, de forma esperta:
“Cadê o frango barato na gôndola aberta?”

O ovo subiu, tá quase ouro em casca,
E a galinha virou coisa de carrasca.
O franguinho assado de domingo sumiu,
Virou luxo, desapareceu do Brasil.

Enquanto o rico compra peito empanado,
O pobre tá com osso temperado.
E a imprensa grita com todo fervor:
“Vai ter mais vírus, tremor e pavor!”

Mas o pobre é duro, não cai nessa fácil,
Já vive de aperto, feijão e repasse.
Se tiram o frango, a carne, o pudim,
Ele inventa receita com cheiro e capim.

Mas fica a pergunta no ar e na grelha:
Quem paga o pato nessa história velha?
É sempre o lascado, o da marmitinha,
Que chora na feira por uma galinha.

MINHA MÃE, MEU LUGAR

                    Sérgio Gibim Ortéga                      (Para o Dia das Mães) Tiraram a casa, o canto, o quintal, o cheiro do café no l...