(Por Sérgio Gibim Ortéga
e seu parceiro de penas)
No tronco da velha árvore,
o Pica-Pau resolveu sonhar,
com um ninho bem aconchegante
pra sua amada impressionar.
Com o bico fez serenata,
tocando ritmo no pinho,
cada batida uma promessa:
“vem, amor, mora no meu ninho!”
Fez do galho uma varanda,
com vista pro pôr do sol,
e esculpiu com jeitinho um coração,
bem no meio do lençol.
Trouxe flores do campo aberto,
plumas de um colibri viajante,
e um graveto em forma de flecha,
como um cupido elegante.
— “Quer ser minha namorada?” —
perguntou com o peito arfando.
Ela riu, ajeitou a penugem,
— “Sim, meu bico já tava esperando!”
E assim no tronco do amor,
batucando com alegria sem fim,
o Pica-Pau celebrou o namoro,
com festa, penas e jardim!
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