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RESPONSÁVEL: Sérgio Gibim Ortega
CONTATO: poetagibim@hotmail.com

domingo, 30 de dezembro de 2012

PSICOGRAFAR



PSICOGRAFAR

         Sérgio Gibim Ortega

Na noite ao me deitar,
Poesias, inspirações,
Deitado e sós a pensar.
Luz apagada já deitado,
Com caneta e um papel,
Numa mão só escrever
Para versos não esquecer.

E as palavras que fugiam.
Então numa folha de papel
Como se fosse psicografar
Tentei só pra ver o que ia dar.
Assim foi como uma magia,
Senti a mão solta a escrever,
Eu não queria só entender,
A mão parecia escrever só.

A observar no outro dia...
Nem a entender garranchos,
Linhas que eu não escrevia...
Seria a mensagem do além?
A noite foi de mais tentativas
Fui deixando o tempo passar...
Nada mais depois aconteceu...
Mão sobre o papel a mão cair,
E vi que já estava a dormir.
Foram alguns momentos assim,
Depois a caneta parou... Parou...

Sabia que não podia escrever,
Quase com sono meio lento.
Minha mão era quem fazia.
Naquela hora não entendia.
Não sou nem um médium!
Apenas um humilde poeta
A procurar pela inspiração
Pelas lindas noites a pensar...
Inspiração que vêm, e que vão.

Nesta minha experiência
Não vou mais me esquecer.
Mesmo que só garranchos,
E que nada pude entender...
Mas fiquei horas a observar
Por algumas palavras, letras,
Feitas sem o meu pensar,
No escuro como pude fazer,
Alinhar aqueles garranchos
Sem as linhas entrelaçar?

No outro dia sem acreditar,
Abandonei o papel na mesa
E hoje a escrever esta poesia,
Fui procurar os garranchos...
Tornei a procurar… Cadê?
Cadê o papel para provar?
O papel parece que sumiu?
Meu filho logo calculou
E assim sorrindo me falou:
“Os espíritos veio e levou”.

Mas, acho que está por aí,
Ou guardei em algum lugar.
Uma hora este deve aparecer.
É impossível de se entender.
Só sei que tentei psicografar.
Não sei se devo é continuar.

                        (28/12/2012)

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