PSICOGRAFAR
Sérgio Gibim Ortega
Na noite ao me deitar,
Poesias, inspirações,
Deitado e sós a pensar.
Luz apagada já deitado,
Com caneta e um papel,
Numa mão só escrever
Para versos não esquecer.
E as palavras que fugiam.
Então numa folha de papel
Como se fosse psicografar
Tentei só pra ver o que
ia dar.
Assim foi como uma magia,
Senti a mão solta a escrever,
Eu não queria só entender,
A mão parecia escrever
só.
A observar no outro
dia...
Nem a entender garranchos,
Linhas que eu não
escrevia...
Seria a mensagem do além?
A noite foi de mais
tentativas
Fui deixando o tempo
passar...
Nada mais depois
aconteceu...
Mão sobre o papel a mão cair,
E vi que já estava a
dormir.
Foram alguns momentos
assim,
Depois a caneta parou...
Parou...
Sabia que não podia escrever,
Quase com sono meio lento.
Minha mão era quem fazia.
Naquela hora não entendia.
Não sou nem um médium!
Apenas um humilde poeta
A procurar pela
inspiração
Pelas lindas noites a
pensar...
Inspiração que vêm, e que
vão.
Nesta minha experiência
Não vou mais me esquecer.
Mesmo que só garranchos,
E que nada pude entender...
Mas fiquei horas a observar
Por algumas palavras, letras,
Feitas sem o meu pensar,
No escuro como pude
fazer,
Alinhar aqueles
garranchos
Sem as linhas entrelaçar?
No outro dia sem
acreditar,
Abandonei o papel na mesa
E hoje a escrever esta
poesia,
Fui procurar os garranchos...
Tornei a procurar… Cadê?
Cadê o papel para provar?
O papel parece que sumiu?
Meu filho logo calculou
E assim sorrindo me falou:
“Os espíritos veio e levou”.
Mas, acho que está por
aí,
Ou guardei em algum
lugar.
Uma hora este deve
aparecer.
É impossível de se entender.
Só sei que tentei psicografar.
Não sei se devo é
continuar.
(28/12/2012)
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