por Sérgio Gibim Ortega
Talvez o vento conte o que guardei no peito,
um sonho antigo, um verso imperfeito.
Talvez a noite, em silêncio profundo,
ouça o que não gritei ao mundo.
Talvez a chuva leve o que me pesa,
os passos incertos, a dor indefesa.
Talvez um olhar, desses que vêm e vão,
me leia a alma, me toque a mão.
Talvez o tempo, com sua calma dura,
cure as feridas da minha ternura.
Ou talvez eu siga — sem saber por quê —
amando o que foi, e o que nunca vai ser.
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