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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Dengue: Agentes reforçarão trabalho

20/10/2009 - Da redação
A Secretaria de Saúde recebeu durante todo o dia de ontem inscrições para contratação temporária de 16 agentes que irão compor a força tarefa contra a dengue. A cidade se organiza para reforçar o trabalho preventivo nos próximos meses, considerados os de maior incidência de casos devido à chegada do verão. Os contratados irão compor o quadro do Setor de Controle de Endemias e Zoonoses, que é responsável pelas visitas às residências em busca de criadouros e pela conscientização dos moradores.
Entre os dias 3 e 11 de novembro, os agentes do município, em parceria com a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), marcaram uma Varredura de Criadouros em toda cidade abrangendo imóveis residenciais, comerciais e terrenos baldios. “Esperamos contar com a colaboração das pessoas para que abram espaço para que nossos agentes varram criadouros. Muitos de nós alimentamos a epidemia quando negligenciamos os criadouros que temos em casa: pratos de vasos, vasilhas de água para animais, aquela garrafa reciclável que você não jogou fora adequadamente. A mobilização social e a participação comunitária são indispensáveis para responder de forma adequada a um vetor altamente domiciliado”, destaca Cléria Mesquita, do Secez. A enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Léa Bagnola, lembra que “o ano de 2009 foi um ano atípico, no que se refere ao clima, em Votuporanga. Em julho tivemos temperaturas mínimas de 8°C, na madrugada, e mais de 30°C, à tarde. O período foi chuvoso, portanto, quando esperávamos a morte da fêmea Aedes aegypti ela não aconteceu. A chuva é contínua”. Lea alerta ainda que a população votuporanguense suscetível ao vírus tipo 3 da dengue é grande. “Na região que compreende São José do Rio Preto até a fronteira com Mato Grosso e Minas Gerais há circulação do sorotipo 3, que poderá entrar aqui a qualquer momento. Trabalhamos tanto e não reduzimos a epidemia, não reduzimos o número de mosquitos. O Aedes aegypti entrou pelas diferentes fronteiras de forma incontrolável. De antemão, sabemos que somente o trabalho local, focado e persistente controlará uma possível epidemia”. A Secretaria de Saúde mantém o trabalho contra a dengue durante todo o ano, “Elaboramos programas permanentes de controle, informamos e mobilizamos pessoas, melhoramos a qualidade do trabalho de campo de combate ao vetor, atuamos de forma multissetorial”, conta Léa.DengueA dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de cem países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue. No Brasil, as condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o avanço da doença. Essa reintrodução não conseguiu ser controlada com os métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças transmitidas por vetores em nosso país. Programas essencialmente centrados no combate químico, com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, não conseguiram conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos.
DO DIÁRIO DE VOTUPORANGA

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