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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ministério identifica queda em três linhas e atribui apagão a condições climáticas; especialista contesta

11/11/2009 - 10h59

Claudia AndradeDo UOL Notícias, em BrasíliaFabiana UchinakaDo UOL Notícias, em São Paulo

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que uma "ocorrência raríssima" levou ao apagão que atingiu grande parte do Brasil na noite desta terça e no início da madrugada de hoje. O ministro Edison Lobão convocou uma reunião extraordinária do comitê de monitoramento do sistema elétrico para a tarde de hoje, quando as causas do problema podem ser esclarecidas.


Contudo, Zimmermann engrossa o coro de que causas climáticas tiveram influência no apagão, o que já tinha sido afirmado pelo ministro no final da noite de ontem. "A ocorrência teve origem em função das condições meteorológicas adversas no Paraná e na região de Itaberá (SP)." A informação sobre a origem do problema ser climática é controversa. "Apenas tufões, furacões, queda de avião, caminhão que atropela torre ou abalos extremamente graves e muito improváveis não são compreendidos no projeto das usinas, porque cobrir o sistema para todo tipo de evento seria muito caro. Mas raios não explicam de jeito nenhum o apagão. O sistema é projetado para permanecer estável para mudanças climáticas", disse o especialista em setor energético Ildo Sauer, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), para quem a causa também pode estar relacionada a falta de manutenção.


Segundo o secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, três linhas de transmissão foram afetadas. Duas que ligam Ivaiporã, no centro do Paraná, a Itaberá, em São Paulo. E uma que liga Itaberá à subestação de Tijuco Preto, também em São Paulo. "Itaberá é uma subestação importante. Uma ocorrência ali causou essa situação. Se for logo confirmado que foi a partir de Itaberá, facilita a análise." De acordo com Zimmermann, o sistema de transmissão brasileiro permite que, em caso de desarme de um circuito, nada ocorra. "Nesse caso, tivemos as três simultaneamente. O sistema para se proteger aciona uma série de mecanismos de proteção para salvaguardar. Prova disso é que quatro horas depois do início da ocorrência, você tinha toda a carga religada no Brasil". O secretário-executivo registrou que o problema teve início por volta das 22h14. "Não há danificação de equipamento. Há um esforço do setor para avaliar como foi essa ocorrência e quais as medidas (necessárias) para que se minimize esse tipo de situação", afirmou Zimmerman.


Problema diferente de 2001. O secretário-executivo descartou qualquer semelhança entre o problema da noite passada e o apagão de 2001. "O Brasil vem investindo pesado em um sistema de transmissão robusto. Em 2001, o que ocorreu era uma falta de energia. Agora, não tem falta de energia, foi um problema elétrico que levou a essa perturbação. Naquela época não tinha sido feito o investimento necessário em trasmissão e geração e teve que racionar a energia. Diminuiu em 20% o fornecimento, de junho de 2001 a 2002, porque não tinha energia".Segundo ele, o Brasil agora tem o sistema "mais interligado do mundo", e o novo apagão foi resultado de uma combinação inédita de fatores. "O Brasil sempre teve essa característica de pós-perturbação. O sistema elétrico não é imune a isso, ele fica sujeito a essas perturbações. Agora, o que ocorreu foi uma contingência tripla que é raríssima".A usina hidrelétrica Itaipu Binacional informou na manhã de hoje que voltou a operar em "condições de normalidade" a partir das 6h (horário de Brasília). O fornecimento de energia está normal na maior parte do país, mas ainda há rescaldos do apagão que deixou grande parte do país às escuras por volta das 22h de ontem.
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