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terça-feira, 28 de abril de 2009

WHAT IS THIS CRISIS?

14/04/2009


Roberto Lamparina

Com todo mundo falando em crise, o monstro se mostra ainda mais feroz do que parece. Aqui no Brasil, parece que este monstro está domesticado e lambendo suavemente a mão de alguns amestradores. Se ele foi monstro algum dia, quando chegou aqui já era um gatinho.

Quem foi ao supermercado na quinta, percebeu que a crise aguda e feroz, é só na boca daqueles que manipulam - por convenções políticas - os telejornais. Ovos de coelhos não sobraram, mesmo os ditos tendo vindo com aumentos substanciais. Foi uma verdadeira tortura andar com carrinhos no engarrafamento metropolitano dos nossos supermercados. A fila do açougue então, nem se fala, isso que a páscoa é um feriado dos tradicionais perus, tenders e chesters, que não necessariamente é preciso de uma senha para alcançá-los. As loritas foram consumidas da BOA até a da recém preferência assumida do fenômeno gordão, passando por aquela campeã da sonegação e aquela água de Boituva, que agora está vindo de Itaipava por problemas também com o fisco. Então que raio de crise é essa que não sobra carne no açougue, nem ovo de coelho e muito menos cerveja, nem aquela batizada com água de Itaipava, que no nome é cristalina, porém seu recolhimento tributário é negro?

Como não consegui comprar ovo no sábado, decidi que na segunda voltava para adquirir com calma o produto resultante da botada do coelho, quem sabe até pagaria um quarqué mais barato. Tenro engano, na segunda à tarde, a multidão já não se fazia mais presente, os poucos ovos que ainda encontravam-se pendurados no que fora o túnel da tortura, ainda estavam ali a espera dos consumidores, porém nadica nenhuma de abaixarem os preços. Sem perspectivas de uma economia pós pascal, me vi obrigado a cumprir com as obrigações pascoalinas e me fiz proprietário de três ovos da Lacta, dois de número 15, daqueles que vêm com o reloginho, ao preço de R$ 19,90 cada e um terceiro de número 20, o famoso sonho de valsa, pela módica quantia de R$ 21,90. Êeeta coelhinho dos ovos de ouro!!!

A crise alvissarada por alguns - que estão tirando farto proveito dela - não é constante, só aparecendo vez por outra, porém a mídia a tem reproduzido com devida exaustão nos ouvidos desavisados de uma população de desinformados.

Semana passada eu estive no canteiro de obras da BRENCO em Mineiros-GO (Morro Vermelho), aquele grupo do mágico inventor da internet, que ostenta na ata de sociedade as principais fortunas mundiais, inclusive a coroa inglesa. Esplendoroso escrete de capitalistas mundiais, que não apostam no escuro. As obras das usinas de álcool e bioenergia do grupo continuam a todo vapor. No final de ano deram uma pisada no freio dos pagamentos para os prestadores de serviços, porém já está tudo sendo regularizado.

Então, que crise é essa que não sobra ovo, não sobra cerveja e nem se paralisam as grandes obras do setor privado?

A BRENCO toca obras a todo vapor, os frigoríficos Sadia, Perdigão, Bertin e Independência, idem. As PCHs (pequenas centrais hidroelétricas) das parcerias público-privadas, continuam em ritmo acelerado. As montadoras de automóveis, depois da diminuição do IPI, voltaram a desovar os estoques, a construção civil, pouco foi atingida pela suposta crise e, o imperador do ferro e do cimento continua vendendo como nunca, sendo o grande amestrador de crise brasileiro, passando para a condução estatal aquele seu banquinho que se dedicava a financiar a compra do carro próprio e tinha em carteira milhões em financiamentos de automóveis – É bobinho o home né? A única e verdadeira crise existente é na agricultura, porém esta, já caminha agonizante a quase uma década de exploração e descaso com a nossa verdadeira classe produtiva, não é novidade de agora. O homem do campo continua o mesmo jeca tatu de sempre, mesmo morando nas cidades e andando em caminhonete japonesa.

Esta crise fabricada é mais um golpe capitalista para desfalcar os cofres estatais e enfraquecer a atuação governamental, principalmente das economias em desenvolvimento, com ainda forte alavancagem de apego estatal. Quem está perdendo mais com esta crise são as nações que caminhavam para uma suficiência econômica e agora estão tendo que servir de bengala para o pessoal da livre iniciativa não se esborracharem no chão. Vide isso, Brasil.

Além do que, em crise verdadeiramente, está o Mirassol depois que contratou todos os travestis da cidade pra recepcionar o Ronaldão e ele não apareceu. Travesti... , você sabe como é, se não pagá “mete a boca”. Com medo, seu presidente foi logo fazendo o cheque e honrando o contrato, mesmo não tendo se utilizado dos seus serviços!

Escrito por roberto.lamparina às 14h47

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