FLORES E INCERTEZAS

                  Sérgio Gibim Ortéga 

Na tarde linda de setembro,
O ipê amarelo tão pequeno 
Soltando flores amarelas
Num bairro, muma cidade 
Conhecida por Brisas Suaves.

Jás não és lindo mais setembro 
Da cidade avistar a fumaça,
Ao longe vinda dos canaviais

E queimadas do sertão

Que virou seca brava.
A água caiu tanto lá no
Rio Grande do Sul, e foi

menos aqui no restante do País.

Mesmo assim a primavera 

Tão certa chegará, com tudo,

Temos fé e esperança ainda.

Porque já estão subindo

A energia elétrica,

E aproveitando tirar água 

Dos pobres que não 

Conseguem armazenar.

Só Deus pode na causa.

Porque é sempre assim.

Se chove muito os reclamam...

Se chove pouco os reclamam...

Assim é o planeta parecendo 

Mais descartável pela correria,

Esquecendo das lindas beleza.

Flores e tão lindas flores 

Que encanta a natureza

Mesmo com esta seca brava.

                               [5/09/2024]

POBRE ORGULHOSO

                                Sérgio Gibim Ortéga

Até que limite chega um pobre,
sem saber vai ficar mais pobre.
O pobre então mais pobre,
o rico mais rico, tão ignorante
descendo a maior profundeza,
voltando se a mais pobreza...
Só para ficar do lado do granfino...
Só pra se manter de boa índole...
Sem saber que está regredindo
do meio social este vai saindo.
Preferindo não dar mais ouvidos...
Assim vai voltando a escravidão
a quem preferir ouvir o relinchado
de um jumento, porque tem 
vergonha de ser tal chamado
de um animal... A pessoa sempre
tem vergonha de ser pobre
e então acaba se tornando pobretão.
Porque se faz grandes escolhas
erradas sempre a humilhar os
humildes... Sempre escolha errado.
Porque tem vergonha ser pobre.
                                     [07-10-2022]