VOTUPORANGA-SP
Sérgio Gibim
Ortega
Em meio a depressão, adoentado, saio para caminhar. Pensando
na vida, vou seguindo devagarinho mesmo, e reparando nossa cidade em meio a
tanto lixo.
Começo a refletir. É muita coisa. A cidade de Votuporanga,
por eu chamar de periferia da cidade, nem é tão pobre os bairros e muito menos
quero ofender. Penso que o ser humano já
não liga mais pra viver no meio do lixo.
Cada Área Verde que vinha a criticar, me deparo com muito
lixo. De repente me lembro de um locutor, que considerava tanto e veio a me
criticar, e fico então pensando se este locutor por ser tão puxa saco da
administração, ou por trabalhar para o mesmo, tem que puxar o saco. Devia este
locutor, tanto pelas considerações que tinha por ele pensar melhor e ficar
quietinho. Mas, não por mim ter cometido um equivoco se a Área Verde é um
reflorestamento ou não, ou um lugar chamado lazer por se chamar de Área Verde. Área
de reflorestamento está a passar com minha caminhada e vejo que é uma mata
totalmente fechada, e que existe muito lixo e entulho, e pessoas guardando
objetos de matérias, e desflorestando, desmatando. Mas o que importa? E lembro
que este locutor observou um erro, e não a vida em si.
Não me conformo ainda ao ver em plenas calçadas tanto lixo
jogado, entulhos nos terrenos vizinhos as construções. E vejo que ficam muito
tempo. Algum joga provisório e depois recolhe. A maioria não recolhe, e cada
esquina que ando, é muito lixo.
De repente cato um livro novo jogado no meio da rua, livro
tão bem feito e que fala de Deus, sigo dando umas olhadas. Mas por se tratar de
uma caminhada, e um livro já todo sujo, com pena jogo também no meio da rua,
reconhecendo o lixo que é nossa cidade.
Que pena Votuporanga estar tão abandonada. É logico que no
Centro da cidade, ou alguns Bairros como Pozzobom, alguns quarteirões vejo tão
limpo que poço imaginar a porquise de um ser humano. A palavra é que a cidade é
uma merda. Já não importa o vocabulário correto. (porquice ou merda) o povo
entende melhor do que falar correto.
os vão tão longe, e
olho os terrenos baldios e grandes. De longe avisto tantas sacolinhas jogada, e
reflito; será que a briga pela volta das sacolas sobre o meio ambiente, fez o
nosso Prefeito Júnior Marão se esquecer delas jogadas em qualquer pasto. Para
mim é simplesmente fácil de pegar se fosse um funcionário cuidar disso. Para
mim é super fácil dois funcionários saírem com um rastelo, e uma boa coordenação,
juntar devagarzinho aos montes e ser recolhido. Para mim o meio ambiente hoje
existe, mas pergunto: Para quê? Cada um morde o seu dinheiro e esquece que os
pernilongos estão nos mordendo, ou se assim for melhor, nos ferroando. Da
impressão que as funcionárias da SUCEN (Superintendência de Controle de
Endemias) que elas chegam em casa e com tudo limpinho enche o saco, esquecendo
se de cobrar o que estou haver nas ruas neste momento. E elas dizem como se
fosse uma bomba a explodir. Corra que por aqui tem dengue, e saem vasadas
cumprindo os seu papel de funcionária, ganhando o seu e tranquilo. Nas
primeiras vistas vejo pedaços de ar condicionado, peças de carros, coisas até
boas. E mais para frente um pedaço de madeira bom, e resolvo pegar para mim.
Infelizmente é vidros quebrados pelas ruas, tanto lixo que me recordo de um
filme do futuro, aonde a maioria dos moradores e a pobreza ficam morando subterraneamente
no meio a milhões de lixos, e em cima da terra um mundo de tecnologias do futuro,
e carros voadores. Não me recordo o nome do filme. Mas já estou enxergando o
futuro.
Infelizmente chego em casa contando para a esposa do
absurdo, das pessoas que infelizmente não tem consciência pela vida e pelas
doenças.
Ao chegar desta caminhada, sinto mais depressão e para
provar tudo o absurdo eu teria que fazer um vídeo. Só não consigo entender como
nosso dinheiro na corrupção é tão descaradamente esquecido pelos nossos
governantes, e então, sem dizer só minha Votuporanga que tem nome das Brisas
Suaves, vejo que o mundo é assim. E prefiro dizer então “O mundo é um lixo”.